self verdadeiro e self falso/ objetos transicionais
PARA WINNICOTT , o self da criança recém-nascida é frágil e desorganizado. O self é um fenômeno do processo maturacional do indivíduo, se forma com base nas experiências que o bebê acumula. Faz parte do processo de desenvolvimento.
A adaptação do meio ambiente a criança, a relação dele com a mãe, leva a administrar a própria espontaneidade e as experiências externas. A mãe protege, e dá apoio ao débil núcleo do self infantil. Se a mãe aceitar as manifestações do bebê-como a fome, o desconforto, o prazer e a vontade- a onipotência infantil revelada nesta comunicação gestual inicial do bebê, as experiências acumuladas nas quais ela é sempre o sujeito, o self que se forma então pode ser considerado verdadeiro. No contrário, quando a mãe não fornece a proteção necessária ao frágil ego do recém-nascido, esta criança perceberá esta falha ambiental como uma ameaça a sua existência, o que provocará nela a vivência subjetiva de que todas as suas percepções e atividades motoras são apenas resposta ao perigo no qual está exposto, a sua vivência é provocada por um mundo ameaçador.
Aos poucos a criança começa a substituir a proteção que lhe falta, por uma criada por ela mesma, na qual se desenvolve e cresce o self do sujeito. O self verdadeiro permanece escondido sendo difícil de encontrar, inclusive na mais profunda das análises.
O self verdadeiro começa a adquirir vida, através da força que a mãe, ao cumprir as expressões da onipotência infantil. O self construído em torno da vontade alheia, com o bebê submetendo-se a vontade da mãe, constitui a primeira fase do self falso, resultado de um estado de privação ambiental inicial sobre o desenvolvimento do bebê no relacionamento inicial com a mãe. O self resulta de um continuado esforço da criança em assegurar o amor dos pais, mesmo que tenha que renunciar a espontaneidade e sujeitar-se as expectativas daqueles.
Winnicott propõe também que o falso self estaria sempre presente, embora com