Teioria do desenvolvimento emocional
Capítulo III
Winnicott e a “Teoria do Desenvolvimento Emocional”
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0115552/CA
“Sabemos que o mundo estava lá antes do bebê, mas o bebê não sabe disso, e no início tem a ilusão de que o que ele encontra foi por ele criado.
Esse estado de coisas, no entanto, só ocorre quando a mãe age de maneira suficientemente boa”.
Winnicott
3.1- A relação mãe/bebê
Nos registros deixados pela nossa primeira infância, encontramos a base de nossa vida emocional adulta. Somos, nesta fase, extremamente sensível ao meio em que vivemos. Winnicott, pediatra e psicanalista, levando em conta sua experiência com crianças e suas mães, criou a
Teoria do Desenvolvimento Emocional, ou melhor, uma teoria do amadurecimento do ser humano.
Afirma que: “para realizar o meu trabalho, preciso de uma teoria do desenvolvimento emocional e físico da criança no ambiente em que ela vive, e uma teoria precisa abranger todo o espectro daquilo por que se possa esperar.” (2002, p.19)
Nesta teoria é dada ênfase ao meio ambiente maternante – relação mãe/bebê, como essencial no desenvolvimento e amadurecimento saudável do ser humano. Ele coloca esse ambiente como fundamental para a saúde. Falhas deste meio ambiente poderão ter como conseqüência, diferentes quadros psicopatológicos.
Ao falar de ambiente, nesta teoria, estaremos incluindo tanto o ambiente físico
quanto
os
aspectos
emocionais
necessários
ao
desenvolvimento do bebê, representados por uma mãe “boa o bastante”.
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Porém, não podemos esquecer que esta mulher também precisa de um ambiente que a acolha e lhe dê apoio para que ela possa, uma vez identificada com seu bebê, adaptar-se ativamente ás suas necessidades e preenche-las. O pai ou na falta dele, o meio ambiente familiar e social vem geralmente proporcionar este apoio.
Entendemos esta mãe “boa o bastante” como uma mulher que agora está grávida, e que não necessariamente precisa ser uma