resumo: Objetos transicionais e Fenômenos transicionais

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O fato de que os bebês, logo após o nascimento, tendem a usar punhos, dedos e polegares para estimular a zona erógena oral a fim de satisfazer os instintos ligados a esta, e também quando estão em momentos de relacionamento tranquilo é muitíssimo conhecido.
Existe uma ampla variação na sequência de eventos que se iniciam com o punho na boca do recém nascido e em certos momentos o levam a pegar ursinho, a uma boneca, a um brinquedo por vezes macio, por vezes duro.
Introduzi as expressões "objeto transicional" e "fenômeno transicional" para designar a área intermediária da experiência, entre o polegar e o ursinho, entre o erotismo oral e a verdadeira relação objetal, entre a atividade da criatividade primária e a projeção do que já teria sido introjetado, entre a não consciência primária da dívida e o reconhecimento da dívida.
Uma descrição da natureza humana realizada em termos dos relacionamentos interpessoais é geralmente vista como inadequada, mesmo abarcando a elaboração imaginativa das funções, a fantasia como um todo, tanto consciente quanto inconsciente, inclussive o inconsciente reprimido.
Muitas referências há na literatura psicanalítica ao processo que evolui da "mão na boca" à "mão nos genitais", mas bem menos referências são feitas ao progresso que leva à manipulação dos verdadeiros objetos Não-eu.
Existem alguns bebês que colocam na boca o polegar, enquanto os dedos são levados a acariciar o rosto por meio de movimentos de pronação e supinação do antebraço.
Quando o bebê passa a utilizar sons organizados (mmmm, tá, dá), pode aparecer uma "palavra" para o objeto transicional. O nome dado pelo bebê para esses objetos iniciais é frequentemente significativo, e normalmente traz incorporada a parte de uma palavra usada pelos adultos.
O cobertor, por exemplo simboliza algum objeto parcial, como o seio. Quando o simbolismo é empregado, o bebê já pode distinguir claramente entre fato e fantasia, entre objetos internos e externos, entre criatividade

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