Os fenômenos transicionais e sua relação com o brincar na clínica sob a perspectiva de winnicott
Julianna Bastos Almeida¹
RESUMO
Esse artigo é baseado em uma revisão de literatura sobre registros a respeito dos conceitos de fenômenos transicionais e o brincar na obra de Winnicott. Os fenômenos transicionais possuem uma função primordial no desenvolvimento da criança. O processo de escolha dos objetos transicionais acontece a partir da possibilidade de percepção que o bebê tem de reconhecer, com a ajuda da mãe, os objetos como fenômenos externos a ele. O estudo do brincar realizado por Winnicott mantém intrínsecas relações com a noção de transicionalidade. Assim como os fenômenos transicionais, a experiência do brincar se localiza na fronteira da subjetividade e é primordial para o desenvolvimento da clínica psicanalítica.
Palavras-chave: winnicott, brincar, fenômenos transicionais
INTRODUÇÃO
Os fenômenos transicionais possuem uma função primordial no desenvolvimento da criança. Tais fenômenos representam a área intermediária entre a experiência de sugação do próprio dedo pelo bebê até a aquisição de um ursinho de pelúcia como um objeto que o acalenta e acalma.
Além dos objetos que o representam, falar dos fenômenos transicionais consiste em conhecer a complexa dinâmica envolvida “entre o erotismo oral e a verdadeira relação de objeto” (WINNICOTT, 1975, p.14), tais fenômenos não são objetos internos ou externos.
¹ Acadêmica do sexto semestre de Psicologia da Universidade Estadual do Ceará
O processo de escolha dos objetos transicionais acontece a partir da possibilidade de percepção que o bebê tem de reconhecer os objetos como fenômenos externos a ele. A noção de “não-eu” possibilitará a criação da imaginação e da fantasia, construindo uma relação afetuosa entre o bebê e o objeto que transita entre o mundo psíquico e o mundo socialmente construído.
O estudo do brincar realizado por Winnicott mantém