Nós que aqui estamos, por vós esperamos.
O documentário foi lançado no Brasil em 1999 e dirigido por Marcelo Massagão, que relata a memória do século XX. Observa-se a banalização da vida e da morte, através de imagens, fotos, cenas impactantes sobre famílias, pessoas importantes e comuns. O relato aborda momentos da industrialização do mundo e o processo de modernização industrial, a invenção do telefone, da energia elétrica e do rádio, a alienação dos trabalhadores que se transformaram em instrumentos do movimento capitalista, o avanço da ciência, da tecnologia, crescimento das indústrias, o desenvolvimento das cidades, o espaço aberto para a mulher no mercado de trabalho, crescendo a cada dia. O filme descreve à queda do Muro de Berlim, a violenta Revolução Cultural na China dos anos 70, a extração do ouro em Serra Pelada, no Brasil, a quebra da Bolsa de Nova Iorque, o desemprego da população, a fome, a perda da dignidade e a inutilidade dos diplomas dos formandos daquele momento.
Relata a década de 20 quando mulheres em passeata queimaram os sutiãs, e entraram no mercado de trabalho. Os maiôs se tornaram mais curtos, as mini-saias ganharam fãs. As mulheres fumavam, bebiam e dançavam se livrando do aprisionamento do lar.
Também retrata algumas religiões, que são abordados como formas de busca desesperada pelo Deus. O autor surpreende o espectador ao mostrar uma criança, abandonada, indefesa, e ainda assim, viva. “em alguma esquina do hemisfério sul”, a espera de Deus.
O documentário tem como finalidade retratar a vida de pessoas públicas e anônimas, suas vidas, trajetórias e suas mortes. Alguns deles de alguma maneira protagonizaram uma fase na construção histórica e contribuíram para a sociedade e sua evolução no que tangem as transformações, deixando marcas nesse processo.
Percebe-se que com o passar do tempo nada foi perdido no tempo, foram se modificando, se atualizando, criando novas identidades e