“Não existe um currículo no brasil"
“Não existe um currículo no Brasil”
Magda Soares professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Sua formação em letras participou de projeto pedagógico do Colégio Universitário da UFMG em 1965. Pouco tempo depois, em 1967, foi convidada a participar da criação da Faculdade de Educação que, até então, era o Departamento de Pedagogia da Faculdade Filosofia, Ciências e Letras da UFMG. Anos mais tarde, estruturou o Programa de Pós-Graduação em Educação. E, no Ano Internacional da Alfabetização, em 1990, junto com uma equipe de professores, deu início ao Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da UFMG.
Durante 40 anos sua vida foi de absoluta entrega a UFMG.
Na década de 80 alfabetização era objeto da pedagogia, toda a bibliografia era direcionada a leitura. A partir da década de 80 passou a ensinar a leitura e a escrita com a preocupação de definir a melhor forma de ensinar e aprender a língua escrita. O foco não era mais “como se ensina e sim como se aprende”.
A compreensão que vem da psicologia cognitiva estão voltadas para aprendizagem inicial da escrita por duas formas: A psicogênese se preocupa com a conceitualização da escrita pela criança com base nas teorias de Piaget. E a psicologia cognitiva que estuda os processos cognitivos da criança para aprender a língua escrita com o sistema de representação apropriando do principio alfabético. Trazendo para a criança uma compreensão da escrita representada por sons da língua, daí para frente a criança aprende as correspondências da cadeia sonora da fala e os grafemas que a representa. Essa teoria vem de Emilia Ferreiro com parceria de Ana Teberosky.
Para Emilia o objetivo da aprendizagem inicial não era a língua escrita, mas sim a psicologia cognitiva que investiga como a criança aprende as relações entre o sistema fonológico e o sistema ortográfico.
A ciência passa por diversas mudanças no decorrer do tempo aperfeiçoando o ensino, havendo sempre a defasagem no