Nutrição
Autora: Debora Tarasautchi, aluna de graduação em Nutrição pela USP e estagiária curricular da Nutrociencia Assessoria em Nutrologia.
Sabe-se da relação existente entre nutrição e os sistema imunológico. Entretanto, estudos têm demonstrado resultados conflitantes em relação ao benefício de alguns nutrientes na função imunológica em pacientes hospitalizados.
Nestes pacientes, várias alterações podem ser observadas no organismo: inflamação, aumento da produção de compostos tóxicos ao organismo (como os radicais livres), aumento do gasto energético, distúrbios no metabolismo, alteração da função imunológica, complicações infecciosas, entre outras. Todas estas alterações, associadas à baixa ingestão alimentar comumente observada nestes pacientes, podem causar deficiências nutricionais graves, que pioram ainda mais o quadro do paciente.
Para evitar tais complicações, muitas vezes é necessário associar nutrição artificial, por via enteral (administração pelo trato gastrointestinal) e/ou por via parenteral (administração endovenosa de macro e micronutrientes). As formulações de nutrição enteral e parenteral utilizadas podem ser suplementadas com certos nutrientes que ajudam a melhorar a função imunológica e, consequentemente, o estado geral do paciente. Estas formulações geralmente são chamadas de imunomoduladoras.
O uso destas formulações mostra resultados clínicos contraditórios. Entretanto, segundo estudos de meta-análise recentes, estas formulações não demonstraram resultados clínicos positivos porque, quando comparados os pacientes com uso de imunomoduladores e os pacientes que não recebiam estas formulações, não foram observadas diferenças significativas na diminuição da mortalidade, no tempo de permanência hospitalar e de complicações infecciosa.
O uso de combinações de componentes imunomoduladores de forma inespecífica, ou seja, a utilização das mesmas combinações de nutrientes para todos os