nutriçao

1.Introdução
O tema A Geografia da Fome, uma obra do autor Josué Apolônio de Castro nasceu em 5 de setembro de 1908, em Recife, Pernambuco, Brasil. Filho de um agricultor, viveu sua infância e adolescência em um bairro pobre, as margens do rio Capibaribe. Concluiu o curso de Medicina na Universidade do Brasil, tornou-se um médico, professor, geógrafo, sociólogo e político. Um revolucionário que foi indicado três vezes para o premio Nobel de Medicina e o Nobel da Paz. Em 1946 publicou o clássico A Geografia da Fome (ABRÃO, 2009).
O autor procura descobrir as causas naturais e as causas sociais da fome e sua maior contribuição para possíveis distúrbios nutricionais. O maior empenho de Castro era provar que a fome é muito mais um produto de fatores socioculturais do que de fatores de natureza geográficas, ou seja, para o autor a fome é um fenômeno universal (FREITAS, 2005). Entre as décadas de 1960 e 1980, no Brasil, beneficiou apenas as classes mais favorecidas. Afinal, aprofundou as desigualdades sociais, em virtude da concentração da riqueza nas mãos de poucos, ao mesmo tempo em que acentuou a pobreza e a miséria, produzindo a escassez. Tanto é que, a década de 1970 foi marcada pelo „milagre econômico brasileiro‟, época em que a economia nacional crescia substancialmente, contudo sem haver desenvolvimento social de fato. Para Santos (2004, p. 49), os pobres “são aqueles que não têm acesso, de modo regular, aos bens de consumo corrente considerados como o mínimo indispensável numa certa sociedade”. Nessa perspectiva, preocupado com a situação alimentar da classe trabalhadora, Josué de Castro elaborou um estudo e descobriu que suas rendas não lhes possibilitava consumir nada além de suas necessidades básicas de vida, que compreendiam alimentação, abrigo e vestuário. Constatou ainda que “a alimentação habitual das massas trabalhadoras reduz-se a feijão, farinha, charque, pão, café e açúcar” (CASTRO, 1959b, p. 84). Se reproduzir assim somente é