Normal e patologico
“o conhecimento científico e a realidade fora de nós ”
fernanda porto de carvalho
Artigo apresentado à disciplina de Bases Espistemológicas para a Pesquisa Clínica ministrada pelo Professor Vinicius Darriba para obtenção parcial de nota no curso de graduação em Psicologia, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Rio de Janeiro
2015
O filósofo francês Alexandre Koyré, propõe uma interpretação da ciência moderna aproximada da psicanálise. Koyré procura voltar nas atitudes filosóficas originárias, que ao seu ver, sofreram mutações que possibilitaram o nascimento da ciência moderna moldada em uma física matemática. Para os gregos, a realidade física não era atrelada à lógica matemática, á regularidades.
A ciência moderna então, foi fundada, segundo Koyré, pela matematização da realidade. A ciência moderna se originou quando a realidade física foi matematizada. Interpretação esta que é alternativa, pois o método experimental já se funda numa matematização. Para Koyré, o caráter experimental já está matematizado, determinando as estruturas. Essa matematização é até mais importante do que o valor da experiência. Não é negado o valor empírico da ciência moderna, mas entende-se que a teoria matemática determina a exclusiva estrutura da pesquisa.
O nascimento do positivismo é colocado por Koyré como limitado a tratar diretamente da observação. Segundo Koyré,o positivismo nega o conhecimento do real. Logo, ele combate esse positivismo porque compreende que a ciência deva ter por âmbito o conhecimento do real. De acordo com a lógica da matemática, o positivismo é o sistema que permite o cientista prever e conhecer a realidade, a pesar de depender da atitude do cientista. Não dá para conceber a ciência dissociada do desejo do cientista que a constitui e o que se promove é movido pelo desejo,