Normal e o patologico
O texto cita que normal e patológico é uma questão que preocupa mais filósofo do que o médico, onde o médico se preocupa antes de tudo em saber o que pode ou não fazer por seu paciente, mais do que saber se esse é normal ou patológico. Os critérios de normalidade não podem, portanto limitar-se à avaliação da conduta. Vemos que os problemas gerais do Normal e patológico se fazem evidente, um não pode se definir sem o outro.
A relação entre anomalia, o anormal e o patológico devem ser assim determinadas, do normal, as diversas definições possíveis relacionando todas a quatro ponto de vista: 1. O normal enquanto saúde oposto à doença 2. O normal enquanto média estatística 3. O normal enquanto ideal utopia a realizar ou aproximar-se 4. O normal enquanto processo dinâmico capacidade de retorno a certo equilíbrio Confundir o normal e a saúde opondo-lhes anormal e doença tornam-se evidentemente, uma posição estática que não corresponde mais a dimensão dinâmica da maioria dos pacientes. Comparar o normal à média é primeiramente confundir o anormal e a anomalia, depois levar para o campo do patológico Fazer do normal um processo de adaptação, uma capacidade de reações para reencontrar um equilíbrio anterior perdido é introduzir uma avaliação dinâmica. Como já foi lido, não existe definição simples e satisfatória do normal, cada um dos quadros de referencias escolhidas oferece exceções em que se insinua o patológico. Na verdade o normal e o patológico são tão dependentes um do outro quanto o são, em biologia genética, “Acaso e necessidade”. Já o problema do Normal e do patológico da criança vem dos tempos em que o exercício da psiquiatria infantil se limitou a pratica de algumas terapias em seu consultório particular, a questão do normal e do patológico era secundaria. Passou a época que se podia desejar que qualquer criança fizesse uma psicanálise profilática, tal posição encerrava um profundo erro