Neuroimagem em AVC
Somente o exame neuroradiológico não deve ser usado como definidor de conduta, mas também a condição clínica do paciente, com conjunta avaliação do médico responsável e se possível de um neurologista.
Tomografia de crânio
Normalmente disponível nos hospitais que possuem protocolos definidos para AVC, a tomografia de crânio é uma peça chave da decisão diagnóstica. A tomografia de crânio possibilita:
1) Afastar hemorragia intracraniana e outros diagnósticos diferenciais.
Procurar sinais de Hemorragia Sub Aracnóidea, usando a TC de crânio como instrumento diagnóstico, de forma a escolher a conduta a ser tomada, considerando ou não a trombólise ou uma punção lombar diagnóstica.
2) Afastar infarto definido e edema cerebral importante.
Em alguns casos, apesar do curto intervalo de evolução, a tomografia pode evidenciar uma área hipodensa bem definida, indicando a presença de um infarto já avançado ou um edema cerebral importante, situações onde a terapia trombolítica pode ser contraindicada pois o risco de conversão hemorrágica está aumentado.
3) Avaliar a presença de sinais precoces de isquemia cerebral.
Consideram-se como sinais de alerta:
1) Apagamento de sulcos
2) Perda da diferenciação da substância branca / cinzenta
Recomenda-se precaução nos casos em que esses sinais estejam presentes em mais de 1/3 do território da artéria cerebral média.
Em casos muito favoráveis, como pacientes com menos de 1 hora de sintomas, alguns autores defendem ampliar a recomendação para até 50% do território da artéria cerebral media.
4) Sinal da artéria cerebral média hiperdensa
Certos casos apresentam-se com uma hiperdensidade na topografia próxima da artéria cerebral média, porém sem indícios de edema cerebral ou áreas isquêmicas. Em cerca de 20% dos casos esse achado é decorrente de calcificação local, constituindo um pseudo-sinal. A angiotomografia pode ajudar na diferenciação de oclusões agudas e calcificações crônicas.
5) Quantificação ASPECTS
A