negociação
A situação em que os Estados Unidos se encontraram no após-1945 era inédita. Em apenas três anos de guerra, de 1942 a 1945, derrotadas as forças do Eixo, o mundo praticamente caiu em suas mãos. Tropas e navios americanos encontravam-se espalhados em todos os continentes e singrando por todos os mares. Qualquer menção à volta à antiga posição isolacionista, tão cara a muitos estadistas do país, tornou-se absolutamente irreal. Havia, entretanto, um grande, porém: o enorme poder conquistado na Segunda Guerra pela União Soviética, quando mais de 300 divisões russas ocuparam metade da Europa da época. Uma nova guerra era visível no horizonte, um embate titânico onde os fatores ideológicos, culturais e psicológicos, jogariam um peso formidável. A América Latina simplesmente viu-se então envolvida, simplesmente arrastada, por aqueles novos acontecimentos extraordinários
O incrível poder dos Estados Unidos
“Eu não acredito que a União Soviética deseje a guerra. O que ela deseja são os frutos da guerra e a infinita expansão do seu poder e doutrina”.
W. Churchill (discurso em Fulton, Missouri, 5 de março de 1946).
“Eu acredito que a política dos Estados Unidos deve ser a de apoiar os povos livres que estão resistindo a tentativas de subjugação por minorias armadas ou pressões externas”.
Com a morte de Franklin D. Roosevelt sepultou-se não apenas a política de coexistência pacífica com a URSS como também a da Boa Vizinhança, carro-chefe da diplomacia norte-americana nos anos trinta. A América Latina não tardaria em sentir os efeitos desta alteração, pois seria virtualmente enquadrada nos esforços da recém declarada guerra fria.
Encerrada a II Guerra em setembro de 1945, a vitória transformou os Estados Unidos em senhores do mundo. Seus principais adversários, a Alemanha e o Japão, estavam completamente arruinados, tendo suas cidades destruídas e seus parques industriais transformados em sucatas incineradas. A Inglaterra e