Necrose Tecidual
DE VINCRISTINA NO TRATAMENTO DO TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL
EM CÃO (Canis familiaris)
Vivan,
D1.;
Marra,
G.B.1;
Coimbra, E. G. 1; Cruz, V.R. 1; Moraes, L.B. 1 ; Orben, R. 1; Muniz, I.M.2
1. Introdução
Na oncologia veterinária, o uso da vincristina vem mostrando notável crescimento, por ser eficiente na maioria dos casos do Tumor Venéreo Transmissível
(TVT) de cães, e por ter um custo mais baixo do que outros quimioterápicos1. A vincristina é um quimioterápico derivado da planta pervinca (Vinca rosea Linn) que possui afinidade pela proteína tubulina, nesta ligação proteica este medicamento bloqueia sua polimerização, assim, a divisão celular é interrompida na metáfase2. O
TVT é a segunda neoplasia mais incidente em cães, perdendo apenas para a neoplasia mamária. Predomina nos animais jovens, errantes e sexualmente ativos, não apresentando predileção por raça ou sexo, envolve a genitália externa de cães, com localização mais frequente na vagina, vulva e região extragenital, nas fêmeas e, prepúcio, pênis e região extragenital em machos. É usualmente transmitido pelo coito, mas pode afetar a pele através da implantação de células tumorais por meio de lambedura ou contato direto, em locais onde houve abrasão cutânea 3. Estudos relatam que os principais efeitos colaterais da vincristina são alterações neurológicas, dermatológicas, hematológicas e gastrintestinais. Normalmente, três tipos de toxicidade dermatológica podem ocorrer: necrose tissular, alopecia e retardo no crescimento do pêlo e hiperpigmentação, sendo a necrose tissular a mais comum na administração da vincristina devido ao seu extravasamento no tecido perivascular.
Para evitar essa complicação, deve-se administrar o quimioterápico com segurança através de cateteres intravenosos.1,4
2. Objetivos
Este trabalho teve por objetivo relatar um caso de necrose tecidual provocada pelo extravasamento do uso de