INTRODUÇÃO Fala - se com freqüência da nanotecnologia como uma "tecnologia de objetivos gerais". Isso se deve ao fato de que na sua fase madura terá um impacto significativo na maioria de indústrias e áreas da sociedade. Melhorará os sistemas de construção e possibilitará a fabricação de produtos mais duráveis, limpos, seguros e inteligentes, tanto para a casa, como para as comunicações, os transportes, a agricultura e a indústria em geral. Imaginem-se dispositivos médicos com capacidade para circular na corrente sanguínea e detectar e reparar células cancerígenas antes que se estendam. Como tecnologia de objetivos gerais, porém, teria um uso duplo, ou seja, teria múltiplas aplicações comerciais e também militares seria possível produzir, por exemplo, armas e aparelhos de vigilância muito mais potentes. A nanotecnologia representa, portanto, incríveis vantagens para a humanidade, mas também graves riscos. A nanotecnologia não só permitiria a fabricação de produtos de alta qualidade a um custo muito reduzido como também a criação de novas nanofábricas com o mesmo custo e velocidade. É mesmo por essa capacidade única de auto-reprodução (para além da biologia, evidentemente) pelo que a nanotecnologia se denomina tecnologia exponencial . Refere-se a um sistema de fabricação que, por sua vez, seria capaz de produzir mais sistemas de fabricação - fábricas que produzem outras fábricas - de maneira rápida, barata e limpa. Os meios de produção poder-se-iam reproduzir exponencialmente. Portanto, em apenas umas semanas, poderíamos passar de um reduzido número de nanofábricas para vários bilhões. Constitui, então, um tipo de tecnologia revolucionário, transformador, potente, mas também com muitos riscos ou vantagens potenciais. A nanotecnologia foi popularizada nos anos 80, e se refere à construção de máquinas à escala molecular, de apenas uns nanômetros de tamanho: motores, braços de robô, inclusive computadores inteiros, muito menores do que uma célula. Quanto