nabuco
A meta que o autor pretendia atingir com a sua obra era "uma síntese do Brasil que saía, já formado e constituído, dos três séculos de evolução colonial".
Nessa obra o autor analisa o país a partir de uma óptica econômica, mostrando que o Brasil faz parte de um empreendimento maior - o contexto da expansão marítima portuguesa em busca dos mercados orientais. Em sua mais ilustre passagem da obra, na qual discute o sentido da colonização, mostra que o desenvolvimento da colônia (povoamento, atividades comerciais, agricultura) atendeu aos interesses da metrópole (Portugal). Caio Prado afirma que o Brasil só se constitui "para fornecer tabaco, açúcar, alguns outros gêneros; mais tarde, ouros e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu".
Ao final, Caio Prado faz um balanço negativos dos três séculos da colonização, pois tratou-se somente de uma "exploração extensiva e simplesmente especuladora, instável no tempo e no espaço, dos recursos naturais do país".
Em sua obra, Caio Prado busca salientar a formação econômica do povo brasileiro, bem como o desenvolvimento do capitalismo. No seu conjunto, a colonização toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu. E este é o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes; e ele explicará os elementos fundamentais, tanto no plano econômico como no social, da formação