Música e identidade - Samba
BEATRIZ LOURENÇO
GIOVANNA CASTRO DA CRUZ
HECTOR LESSA BRADASCH
IGOR NUNES VIDAL
LAYSSA KMIECIK
MÚSICA E IDENTIDADE
CURITIBA
2014
INTRODUÇÃO
Com a mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro o Brasil viu, também, a mudança do eixo econômico e, conseqüentemente, o fluxo migratório do Nordeste para o Sudeste em razão da intensificação da industrialização. Uma parte dessa população era constituída por negros baianos nascidos livres. Logo após se estabelecerem ocorreu à chamada reforma urbana, entre 1904 e 1910, ação realizada pelo prefeito Pereira Passos que visava à modernização da nova capital para substituir sua imagem de atraso. Com a criação de grandes avenidas e edifícios veio, também, a higienização da população, que ficou nas mãos do médico Oswaldo Cruz, diretor do serviço de saúde pública. Concomitantemente, as camadas populares foram desapropriadas do centro e levadas a morar na periferia. A polarização da cidade entre bairros elitistas e o das chamadas “camadas populares” refletiu-se também nos locais onde ocorriam os chamados “sambas” que, na época, era sinônimo de festa, na qual a dança, música, comida, bebida e convivência não podem ser concebidas separadamente.
SARAVAH (1969)
A questão da busca por uma identidade nacional se reflete nos textos de Hermano Vianna e de Carlos Sandroni, onde problematiza o modo como o samba se efetiva como símbolo do tipicamente brasileiro na década de 30.
O documentário Saravah de Pierre Barouh, foi gravado em uma visita do francês de 4 dias ao Rio de Janeiro em 1969. Mas a historia de Barouh com a musica popular brasileira é um pouco mais antiga, devido a uma amizade com o sanfoneiro Sivuca em 1959. O diretor também gravou uma versão francesa do Samba da Benção para o filme francês Um homem, Uma mulher (1966). O documentário tem um caráter amador, onde Pierre prioriza conversas e rodas de