Ética para Engenheiros
12/03/2010 - 0:22 -
Todos nós temos a opção de viver eticamente ou não. A escolha é estritamente pessoal, podendo sofrer, é claro, as importantes influências da educação familiar e do ambiente onde se vive. O que não existe é o que o Lulismo prega: cada um tem a sua ética. Isto, não é verdade. A ética se pauta basicamente por alguns princípios que conduzem a questionamentos práticos e permanentes que se relacionam com o que cada um faz e não com o que cada um diz. Se fosse pelo que se diz, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e outros lugares importantes da vida pública seriam bem diferentes do que se vê. Tudo porque a prática da ética tem que se pautar por avaliar:
1. Se o que está sendo feito é legal;
2. Se é imparcial;
3. Se faz com que cada indivíduo se sinta bem consigo mesmo;
4. Se as conseqüências do que está sendo feito podem prejudicar a outras pessoas;
5. Se a satisfação de interesses individuais está superando interesses coletivos.
Ou seja, tem tudo a ver com PRÁTICA, AÇÃO,EMPREENDENDORISMO,NEGÓCIO.
Como os profissionais da engenharia praticam a ética em suas profissões? Quando se trata de trabalhar apenas na elaboração de projetos e na construção de obras para particulares, é muito mais fácil agir eticamente porque a relação é direta com o cliente, o beneficiário, o povo. Os cinco pontos acima listados são mais facilmente praticados. É claro que há distorções e posturas que não tem nada a ver com a ética, porém, o mais comum é o respeito a ética com base em uma relação comercial, um negócio.
Quando a engenharia se relaciona com o poder público a coisa muda completamente. Tanto para execução de obras como para prestação de serviços, a prática da ética fica contaminada pelo vício da falta de princípios comerciais na relação contratual. Não se considera um negócio. O poderoso contratante, revestido de mantos de legalidade institucional e Leis de todo tipo, age como se a relação com o contratado envolvesse algo