Fichamento de "o encontro" - o mistério do samba
"Ficou registrado um acontecimento singular da passagem de Gilberto Freyre pelo Rio de Janeiro: "Sérgio e Prudente conhecem de fato literatura inglesa moderna,além da francesa. Ótimos. Com eles saí de noite boemiamente. Também com Villa-Lobos e Gallet. Fomos juntos a uma noitada de violão, com alguma cachaça e com os brasileiríssimos Pixinguinha, Patrício, Donga." (Freyre, 1975:189)
"Essa "noitada de violão", pode servir como alegoria, no sentido carnavalesco da palavra, da "invenção de uma tradição", aquela do Brasil Mestiço, onde a música samba ocupa lugar de destaque como elemento definidor da nacionalidade." (Pág. 20)
"A noção de civilização, nessa época, já se confundia com uma ideia de conquista da modernidade" (Pág. 22)
" A pré-cultura de massa carioca não demorou muito para carnavalizar os ensinamentos da vanguarda paulista." (Pág. 22)
"Gilberto Freyre condenava a Avenida Central, elogiando ruas estreitas como a do Ouvidor, cheias de sombra e portando mais adequadas ao calor tropical. E fazia a apologia do morro da Favela como um exemplo de "restos do Rio de antes de Passos, pendurados por cima do Rio novo." (Freyre, 1979,vol II:335) " (Pág. 23)
"Vida boêmia de Gilberto Freyre nessa sua primeira visita a um Rio já irremediavelmente novo. Vale a pena entrar nos detalhes da organização de sua "noitada" com "os brasileiríssimos Pixinguinha, Donga e Patrício", mostrando como uma extensa rede de relações entre grupos sociais e indivíduos diversos" (Pág. 23)
"Foi o paulista Sérgio Buarque de Holanda quem apresentou, " antes da semana de 22", a arte moderna para o carioca Prudente de Moraes Neto." (Pág. 23)
"Foi esse interesse pelo raro, mais especificamente pela modernidade literária europeia, que aproximou a dupla da revista Estética daquele jovem e ainda desconhecido,