Método dialético de Sócrates e Platão
“i.ro.ni.a” sf. 1. Modo de exprimir-se em que se diz o contrario do que se pensa ou sente. Entretanto a ironia socrática era o método de perguntar sobre uma coisa em discussão, num pretexto de desconhecer do assunto, no intuito de que se delimitasse um conceito, e por meio de contradições, refutá-lo. A intenção não era ridicularizar a quem se perguntava, mas sim buscar o entendimento, ou seja, diluir um impasse.
O movimento que o esclarecimento gera é conhecido como “maiêutica” (sf. Arte de extrair do interlocutor as verdades de objeto em questão) o qual serve para tirar as falsas verdades, equívocos e pensamentos tradicionais de um discurso pela ironia levando a produzir um juízo segundo uma reflexão.
A atuação do método dialético de Sócrates permitia a introspecção e a reflexão interna, proporcionando a criação de juízos cada vez mais fundamentados na logica e na razão.
2ª)
Estão abaixo alguns pontos do textos que demonstram claramente a intenção argumentativa de Sócrates: a) “[...]Ora, eis a coisa mais difícil de convencer algum de vocês[...] E se disser que falar diariamente da virtude e das outras coisas sobre as quais me ouvem falar e questionar a mim e a outros é o bem maior do homem e que a vida que não se questiona não vale a pena viver, vão me acreditar menos ainda. E assim é, senhores, mas não é fácil convencê-los. Além do mais, não estou acostumado a pensar que mereço punição alguma. Se tivesse dinheiro, proporia uma multa, a maior que pudesse pagar, pois isso não me causaria nenhum dano[...]”
b) “[...] Mas não achei que devesse, ante o perigo em que me encontrava, fazer coisa alguma indigna de um homem livre, nem me arrependo agora de ter feito minha defesa como fiz, mas prefiro morrer depois de uma defesa dessas do que viver depois de uma defesa do outro tipo. Pois nem no tribunal nem na guerra devemos, eu ou qualquer outro homem, tentar escapar da morte seja qual for o preço[...]”
c) “[...]Mas vocês também, juízes, devem encarar a