Musco
Eliane Costa Santos
Bolsista Internacional da Fundação Ford
Mestranda em Educação Matemática PUC/SP
Orientador Ubiratan D’Ambrosio liuonawale13@yahoo.com.br 1. Considerações iniciais:
Historicamente o Brasil é constituído de descendentes de Indígenas, Africanos e Europeus. Isso implica que uma educação apenas nos moldes Europeus, num país pluriétnico deixa tanto os descendentes de Africanos sem conhecer as suas heranças africanas, quanto os nativos (que ora chamamos de indígena ou descendentes de nativos) não conhecer a história do Brasil. Segundo Monlevade (1997), educação é o processo de transmissão e indução de conhecimento. Transmissão, pois passa do patrimônio cultural de uma geração para outra, e de indução por que é criado no contato das gerações e se dá no convívio entre gerações de uma determinada sociedade. Monlevade toma alguns fatos de mudança do cenário educacional para marcar as divisões do cenário educacional para as divisões na linha do tempo: a) 1500: Chegada dos portugueses, que foram os novos “educadores” do Brasil. b) 1549: Fundação pelos Jesuítas do primeiro Colégio Público da Colônia, em Salvador/BA. c) 1758 e 1772: Expulsão dos Jesuítas e implantação das Aulas Régias. d) 1834: Descentralização dos encargos da educação básica para as Províncias pelo Alto Adicional à constituição de 1824. e) 1931: Criação do Ministério da Educação. f) 1971: Lei 5.692, que propôs a Reforma do ensino de 10 e 20 Graus. g) 1988: Promulgação da Constituição Cuidada.
h) 2003: Promulgação da lei 10.639/03 que obriga a História da África e das africanidades na sala de aula de Ensino médio e fundamental. Na pré-história do Brasil, não havia nem poderia haver educação escolar. Os saberes cabia na memória de cada um, exercitada nos mitos coletivos. A escola era desnecessária e inviável,