Resumo Norma Musco Mendes Identidade e Alteridade

* Romanização e as questões de identidade e alteridade – Norma Musco Mendes A autora em seu texto nos traz a imprescindível conceituação de Imperialismo e Romanização. A partir desta exposição conceitua Imperialismo como “a ação de pensar, colonizar, controlar terras que não são as nossas, são distantes, habitadas e possuídas por outros povos. É a prática, a teoria e as atitudes de um centro metropolitano dominante governando um território distante. Pode ser alcançado pela força, pela colaboração política, por dependência econômica, social e cultural. É sustentado por potentes formações ideológicas que incluem a noção de que certos territórios e povos “precisam” da dominação, bem como formas de conhecimentos ligadas à dominação, as quais são expressadas por um vocabulário cultural imperial repleto de conceitos, tais como: inferiores, subordinados, dependentes, bárbaros, não civilizados.” (página 26). Através disto, a autora nos apresenta que a prática imperialista visa uma dinâmica de dependência, sobrevivente na cultura geral. Afirmando que na cultura imperial romana aspirava-se à soberania, à influência e ao predomínio. Romanização, então, deve ser entendida como a cultura do imperialismo, não aceitando a homogeneidade do que era “romano” e do que era “nativo”. Porém, os indivíduos romanizados tinham alternativas de como formar e mostrar sua identidade dentro desta dominação. Na prática, a Romanização implica mudanças sócio-econômicas diferentes em significados e mecanismos, onde existiam formas de interação distintas, onde existia certo reconhecimento da cultura nativa. Na construção da identidade romana existe uma conexão entre o Imperialismo e a Romanização (esta dentro de seu conceito), onde há um reconhecimento da cultura nativa. Respeitando sempre a qualidade do outro. Sendo assim, este relacionamento tinha como base estratégias políticas, onde se visava o cruzamento, classificado pela autora como “ experiências relacionais” (página 29).