Mulher e mercado de trabalho
Roudinesco (2003) em sua obra a família em desordem. Relata em seus estudos que se pode distinguir a evolução da família em três períodos.
Num primeiro momento a família dita tradicional assentava-se na preocupação com as tradições. Com a conservação e ampliação do patrimônio e a transmissão da herança.
Os casamentos eram arranjados e a família devia submeter- se a ordem patriarcal. Em momento posterior caracterizam-se a família moderna e prevalece à lógica afetiva, a união do casal funda-se no amor romântico. Valoriza-se a reciprocidades de sentimentos e os desejos carnais por intermédio do casamento.
Da mesma forma a divisão de tarefas e responsabilidades devem ser partilhadas pelo casal.
Em função dessas mudanças na organização familiar, outros arranjos entre os seus membros acontecem. Anteriormente a figura paterna era imposta e assemelhada a Deus e o seu papel jamais era contestado. Com o decorrer dos tempos essa autoridade perde força surgindo um pai afetuoso e tolerante representado pela compaixão. Por meio desses sentimentos, a posição de autoridade do Deus pai é diluída e complementada por outras instâncias como o estado e nação, abrindo-se assim espaço para a figura do feminino.
Com o aumento dos casos de divórcio, o casamento perde sua força simbólica e já não é mais algo indissolúvel. Surge o conceito da família recomposta. No lugar da família sacramentada e divina surge à família pautada nos laços afetivo da relação entre homem e mulher dentro dessa nova configuração, os filhos poderiam vir a