Muda tudo e nem tudo muda
Aline Gabrielle Zerbinatti
Ana Bela dos Santos
Bianca Grabicoski
Taline Comarella
Vanessa Hecavei
A forma como as relações sejam amorosas ou não se estabelecem, dizem respeito às formas como o ser humano se relaciona afetivamente e sexualmente com o outro, influenciado e configurado pelo período histórico no qual esse indivíduo está inserido, bem como vivências com a família de origem. Portanto, considera-se que se faz necessário discursar, sobre a constituição de relações de um casal, bem como o conceito deste na sociedade contemporânea.
Muitas pesquisas têm focalizado a vivência dos cônjuges nas situações de casamento, separação e terapia de casal, na contemporaneidade, e estabelecido algumas comparações entre as experiências masculinas e femininas nessas diferentes circunstâncias. O conceito de conjugalidade, marcadamente influenciada pelos imperativos de intimidade e de privacidade, próprios da noção de sujeito moderno, vem se transformando na atualidade. E o amor, ainda considerado componente importante da noção de conjugalidade, mesmo que em termos de ideal de conjugalidade, passa a ser um ideal cada vez mais difícil de ser atingido (FÉRES-CARNEIRO & MAGALHÃES, 2009).
Considera-se aqui fatores de ordem psicológica na constituição da família (motivação inconsciente para a escolha do par conjugal e o estabelecimento de uma determinada dinâmica familiar) e os decorrentes das mudanças sociais, próprias da sociedade contemporânea, que tiveram sua origem nos movimentos feministas, no controle da natalidade, no divórcio, propiciando o surgimento das novas configurações familiares, as quais promoveram a substituição do modelo tradicional de casamento por um outro dito pós-moderno, gerando uma revolução nos papéis e funções parentais e filiais.
A CONCEPÇÃO E CONSTRUÇÃO DA CONJUGALIDADE
Na literatura da terapia familiar psicanalítica, a conjugalidade funda-se na escolha amorosa inconsciente dos cônjuges. A