MOVIMENTO FEMINISTA, INQUISIÇÃO e IDADE MÉDIA
Período histórico entre a Antiguidade e a Época Moderna, a Idade Média, como qualquer outra divisão cronológica, apresenta datas discutíveis quanto ao seu início e fim.
Tradicionalmente, os manuais de História apontam para início o ano de 476, data da deposição do último imperador romano do Ocidente, Rómulo Augusto, por Odoacro, que transferiu mesmo as insígnias imperiais para Constantinopla.
Porém outras datas são avançadas usualmente: 395, morte de Teodósio I e divisão do império; 406, início das invasões germânicas; 410, queda de Roma às mãos de Alarico, rei germânico. Se o início da Idade Média é polemico, o fim não é claro também: para além de 1453, ocupação de Constantinopla pelos Otomanos, também se aponta 1492, ano da primeira viagem de Colombo à América, ou até as Guerras da Religião, ocorridas após a Reforma Protestante de 1517 até ao Édito de Nantes, em 1598. Mas, afinal, o que foi a Idade Média? A civilização medieval caracterizou-se por um fracionamento da autoridade política e um enfraquecimento da noção de Estado, tendo em conta a organização e centralidade romanas.
A economia baseava-se na agricultura, embora o comércio e as manufaturas tenham lentamente progredido. Socialmente, existia uma divisão em três grupos distintos: dois poderosos, a nobreza, guerreira e proprietária, e o clero, dominador mental e culturalmente, e um pobre, servil e majoritariamente camponês, o povo.
Contextualização: INQUISIÇÃO
Chamada de Santo Ofício, essa instituição era formada pelos tribunais da Igreja Católica que perseguiam, julgavam e puniam pessoas acusadas de se desviar de suas normas de conduta.
Ela teve duas versões: a medieval, nos séculos XIII e XIV, e a feroz Inquisição moderna, concentrada em Portugal e Espanha, que durou do século XV ao XIX.
Tudo começou em 1231, quando o papa Gregório IX - preocupado com o crescimento de seitas religiosas - criou um órgão especial para investigar os suspeitos de heresia.