Cidadania feminina
O termo feminismo surge no século XIX para tornar visível a situação da discriminação da mulher na Sociedade. Desde a antigüidade a mulher vem sofrendo discriminações. Na Grécia, elas e os escravos ocupavam a mesma posição social. Em Roma, o paterfamilias legitimava o poder do homem sobre a mulher. Na Idade Média, as mulheres passaram a ocupar posições de comando nos negócios familiares e as abadessas tiveram um papel importante na preservação da cultura.
A Idade Média foi palco de uma das maiores perseguições contra a mulher: a "caça às bruxas", quando a Igreja, através do Santo Ofício (Inquisição), liderou o massacre, qualificado como verdadeiro genocídio contra o sexo feminino. Há referências de que no século XIV, em um único dia, foram executadas três mil mulheres. A opressão e discriminação à época eram tamanhas que as estatísticas de morte revelavam que enquanto um homem era queimado vivo na fogueira da Inquisição, dez mulheres tinham o mesmo destino. A inquisição perpetrou crimes silenciosos e permitidos. Joana D' Arc foi um exemplo dessa época. Embora tenha optado pela guerra e chefiado exércitos buscando salvar a França contra os Ingleses na Guerra dos 100 anos, foi acusada de feiticeira, o que ocultou o caráter político de seu processo.
Em 1789, com a Revolução Francesa e, apesar dos inúmeros movimentos na Europa, a mulher permanecia ainda socialmente em segundo plano. Com o fim do feudalismo e início do capitalismo, a França torna-se o palco de protestos, ocasião em que surge o movimento feminista.
Com o advento do capitalismo e das guerras, a mulher é empurrada para fora do lar, deixando de lado a condição de apenas esposa e mãe para integrar o mercado de trabalho. A consolidação do capitalismo trouxe também o surgimento de lutas e organizações pelos direitos da mulher, não só na França, mas na América, Inglaterra e Alemanha.
Em 1791, Olympe de Gouges lança a Declaração dos Direitos da Mulher e da