O novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, editora Nova Fronteira, 1986, assim define o conceito do vocábulo “Ética”, Estudo dos Juízos de apreciação referentes à conduta humana, suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal; seja em relação a uma determinada sociedade, seja em modo absoluto. De outra parte, a Enciclopédia Barsa, aborda a expressão sob um outro ponto de vista, relativo aos seus objetivos, assegurando que a finalidade dos códigos morais destina-se a dirigir a conduta dos membros de uma sociedade, de acordo com os princípios de conveniência geral, para garantir a integridade do grupo e o bem estar dos indivíduos que o constituem. Assim, o conceito de pessoa moral, se aplica apenas ao sujeito, enquanto parte de uma coletividade. “Ética é a matéria crítico-normativa que estuda as normas de conduta humana por meio dos quais o homem tendo a realizar na prática atos identificados com o bem. O vínculo entre moralidade e religião consolidou-se de tal maneira que muitos acreditam que não pode haver moral sem religião. Segundo este ponto de vista, a ética se confunde com a teologia moral”. Outros autores, porém, a definem simples e objetivamente como um sinônimo de “moral”, circunstância que torna mais simples a compreensão do tema, motivo pelo qual adotamos de início esta sinonímia entre as duas expressões, moral e ética, empregando-as ao longo do texto indistintamente. O fim social comum a todas as normas de conduta, quer sejam jurídicas, morais ou religiosas ou ainda de simples cortesia, é a de facilitar a relação de convivência entre os homens. Acontece, porém, que entre as primeiras e as demais existe uma diferença considerável: a natureza das conseqüências que sobrevêm da não observação das normas jurídicas por parte dos cidadãos. Aquele que transgride uma regra moral, ou, vale dizer, uma norma ética, pode provocar em seus semelhantes uma repulsa de maior