Moradias irregulares no Brasil
Os dados são parte da Pesquisa Censo 2010 – Informações Territoriais: Aglomerados Subnormais, divulgada na quarta 6 pelo IGBE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Inédito, o estudo classifica de aglomerados subnormais o conjunto de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes de serviços públicos essenciais, em terreno de propriedade pública ou particular, em geral, de forma desordenada e/ou densa.
Para o coordenador de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE, Claudio Stenner, “diferenciar essas áreas é tão importante quanto conhecer as diferenças socioeconômicas. Uma área com acessibilidade por rua não precisa de interferência tão forte do Poder Público nesse sentido, já com becos e encosta, há a necessidade de intervenção seja por meio da construção de vias, teleféricos, por exemplo.”
Plano e Morro - Mais da metade das moradias irregulares (52,5%) estão em áreas predominantemente planas e 51,8% têm ruas como principais vias de circulação interna. A maior parte dos domicílios nessa situação está na Região Norte, sobretudo, nas áreas metropolitanas de Macapá (83,5%) e de Belém (99,6%).
“O que é disseminado no país é que favela está associada a áreas de encosta e, no Rio de Janeiro, observamos que esse padrão não é unânime”, explica a pesquisadora do IBGE Maria Amélia Vilanova Neta.
Nas regiões Sudeste e Nordeste – que juntas concentram quase 80% dos domicílios em invasões e favelas do país (49,8% e 28,7% respectivamente) – a maioria fica em morros, com destaque para as regiões metropolitanas de São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro. Em Salvador, os acessos são predominantemente por escadarias (50.509) e rampas (9.339). São Paulo e no Rio concentravam metade com acesso predominante por becos e travessas (660.667).
Dos 47,5% em áreas