Monumento/documento
HISTÓRIA E MEMÓRIA
Tradução
Irene Ferreira
Bernardo Leitão
Suzana Ferreira Borges
UNlCAMP
UNIVERSIDADE EsTADUAl DE CAlo.fi'JNAS
Reitor
CARlos HENRIQUE DE BRITO CRUZ
Coordenador Geral da Universidade
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Conselho Editorial
Presideme
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GERALDO D1 GtovANNJ- ]os~t A.
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LUIZ MARQUES - RICARDO AN!DO
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DocuMENTo/MoNUMENTo*
Os materiais da memória coletiva e da história
A memória coletiva e a sua forma científica, a história, aplicam-se a dois tipos de materiais: os documentos e os monumentos.
De fato, o que sobrevive não é o conjunto daquilo que existiu no passado, mas uma escolha efetuada quer pelas forças que operam no desenvolvimento temporal do mundo e da humanidade, quer pelos que se dedicam à ciência do passado e do tempo que passa, os historiadores. * Enquanto conhecimento do passado (cf. passado/presente), a história não teria sido possível se este último não tivesse deixado traços, monumentos, suporces da memória coletiva.
Dantes, o historiador operava uma escolha emre os vestígios, privilegiando, em detrimento de outros, certos monumentos, em particular os escritos (cf. oraUescrito, escrita), nos quais, submetendo-os à critica histórica, se baseava.
Hoje o método seguido pelos historiadores sofreu uma mudança. Já não se trata de fazer uma seleção de monumentos, mas sim de considerar os documentos como monumentos, ou seja, colocá-los em série e tratá-los de modo quamitativo; e, para além disso, inseri-los nos conjuntos formados por outros monumentos: os vestígios da cultura material, os objetos de coleção (cf, pesos e medidas, moeda), os tipos de habitação, a paisagem, os fósseis
(cf. fóssil) e, em particular, os restos ósseos dos animais e dos homens (cf. animal, homem). Enfim, tendo em coma o