Documento/monumento
Resgatando a história
Gabriela Sauerbier* (1)
A história pode ser resgatada através de dois tipos de materiais: os documentos e os monumentos. Os documentos são escolhas dos historiadores, que vão seleciona-lo considerando sua importância em algum momento da história; e os monumentos são o que restaram do passado, é um sinal do passado. “A memória coletiva e a sua forma científica, a história, aplicam-se a dois tipos de materiais: os documentos e os monumentos”. (LE GOFF, 1996)
A memória é escolhida, selecionada para ser preservada como marca de poder de alguma época. Lembrança e esquecimento estão intimamente ligados à memória.
O universo da memória, de sua produção e de seus usos sociais é, como disse, extremamente complexo. E a produção historiográfica não é senão um pequeno segmento da memoria coletiva, um segmento que, a bem da verdade, possui uma esfera de atuação e uma influência social relativamente limitada (GUANIRELLO, 1994).
Como lembra Jacques Le Goff (1996), desde a Antiguidade romana o monumento tende a se especializar em dois sentidos. O primeiro como uma obra comemorativa de arquitetura ou de escultura: arco de triunfo, coluna, troféu, pórtico, etc.; e o segundo como um monumento funerário destinado a perpetuar a recordação de uma pessoa no domínio em que a memoria é particularmente valorizada: a morte. Os monumentos são estruturas funcionais que se tornaram notáveis pela sua antiguidade, tamanho ou significado histórico. Essas estruturas estão sempre ligadas a aspectos culturais que tentam manter e resgatar a nossa cultura e história. Cabe ao historiador analisar esses monumentos e a partir da sua observação e seleção de dados criarem a história. Outro meio que vai auxiliar o historiador na sua análise de recomposição são os documentos. O documento é a forma mais precisa de pesquisa nele encontram-se registros escritos e figuras. Com as palavras de