1. O Conceito entre Documento e Monumento
LE GOFF, Jacques.,1924- Historia e memória/ Jacques Le Goff; Tradução Bernardo Leitão, ...{et al.} 3. ed.-- Campinas, SP: UNICAMP, 1994. p. 535-549.
A memória coletiva e a sua forma científica, a história, aplicam-se a dois tipos de materiais: os documentos e os monumentos. (LE GOFF, 2003. P.535)
(...) os monumentos, herança do passado, e os documentos, escolha do historiador. (LE GOFF, 2003. P.535)
O monumento é tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar a recordação, por exemplo, os atos escritos. (...) uma obra comemorativa de arquitetura ou de escultura: arco de triunfo, coluna, troféu, pórtico etc.; um monumento funerário destinado a perpetuar a recordação de uma pessoa no domínio em que a memória é particu¬larmente valorizada: a morte. (LE GOFF, 2003. P.535)
O monumento tem como características, o ligar-se ao poder de perpetuação, voluntária ou involuntária, das sociedades históricas. (LE GOFF, 2003. P.536)
No final do século XIX, Fustel de Coulanges pode ser tomado como um testemunho válido de como documento e monumento se transformou para os historiadores. (LE GOFF, 2003. P.536)
[...]. A sua única habilidade (do historiador) consiste em tirar dos docu¬mentos tudo o que eles contêm e em não lhes acrescentar nada do que eles não contêm. O melhor historiador é aquele que se mantém o mais próximo possível dos textos.
(LE GOFF, 2003. P.536)
Pode-se, estão, falar de um triunfo do documento sobre o monumento. Lento triunfo. Quando, no final do século XVII, Don Jean Mabillon publica o seu De te diplomática, fundamento da história “cientifica” que vai permitir a utilização critica do documento e de certa maneira criá-lo, trata-se apenas ainda de monumento. (LE GOFF, 2003. P.537)
[...] “A história e o direito publico de uma nação são apoiados por monumentos” [Collection Moreau, n° 309, fol.102].
2. A revolução documental.
2.1 Caminhos para uma história Descontínua.
[...] Todo o