Fichamento do texto Documento/Monumento
A memória coletiva e a sua forma cientifica, a historia, aplicam-se a dois tipos de materiais: os documentos e os monumentos. [P.535]
Estes matérias da memória podem apresentar-se sob duas formas principais: Monumentos, herança do passado, e os documentos, escolha do historiador. [P.535].
O monumento tem como características o ligar-se ao poder de perpetuação, voluntaria ou involuntária, das sociedades históricas ( é um legado à memória coletiva ) e o reenviar a testemunhos que só numa parcela mínima são testemunhos escritos.[P.536]
É no século XVII que se difunde, na linguagem jurídica francesa, a expressão titres et documents e o sentido moderno de testemunho histórico data apenas do inicio do século XIX.[P.536]
No final do século XIX, Fustel de Coulanges pode ser tomado como um testemunho válido de como documento e monumento se transformaram para os historiadores.[P.536]
O inspetor-geral Bertin, sucessor de Silhouette, escreve ao rei Luis XVI : “A historia e o direito público de uma nação são apoiados por monumentos”. [P.537]
O termo “monumentos” será ainda correntemente usado no século XIX para as grandes coleções de documentos. O caso mais celebre é o dos “ Monumenta Germaniae histórica” , publicados a partir de 1826 pela sociedade fundada em 1819 pelo barão Karl Von Stein, para publicação das fontes da Idade Média alemã.[P.537,538]
Chateaubriand, profeta de uma nova historia, escreverá no prefacio dos Études Historiques (1831) : “ antigos conceberam a historia de modo diferente do nosso... libertos daquelas imensas leituras sob as quais tanto a imaginação como a memória são esmagadas, tinham poucos documentos para consultar...” [P.538]
Com a escola positivista, o documento triunfa. O seu triunfo, como bem o exprimiu Fustel Coulanges, coincide com o texto. A partir de então, todo o historiador que trate da historiografia ou do mister de historiador recordará que é indispensável o