MODELOS DE DEFICIÊNCIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Ingrid Augustin – UCS
Resumo: Para compreender cientificamente os caminhos que levaram a situação atual da inclusão escolar da pessoa com deficiência, se faz necessário conhecer historicamente este percurso. Existem modelos de deficiência que influenciados por períodos históricos exerceram predomínio, assim como os modelos que atualmente emergem inspirados em movimentos da sociedade contemporânea. Ao estudar os diferentes modelos, propõe-se resgatar as abordagens da deficiência e poder colaborar com uma construção conceitual acerca da percepção de deficiência frente às políticas públicas para inclusão de pessoas com deficiência.
Palavras-chave: deficiência, modelos de deficiência e inclusão.
Estudos relacionados aos processos de inclusão escolar de pessoas com deficiência e relativos às politicas públicas, vem sendo amplamente desenvolvidos. Modelos de deficiência são meios conceituais para se compreender os pressupostos que os processos educativos sofrem ou sofreram. Os modelos de deficiência conhecidos em diferentes períodos históricos tiveram transformações calcadas pela necessidade da pessoa com deficiência e pelo próprio sistema sociopolítico e econômico. Alguns modelos surgiram em períodos distintos que por sua vez eram cientifica ou moralmente aceitos. Muitas ações assumidas atualmente como senso comum frente à deficiência são reflexos remanescentes de determinado modelo. Os principais modelos são influenciados por duas filosofias fundamentais relacionadas às pessoas com deficiência: uma as vê como dependentes na sociedade onde vivem, e a outra as percebe como clientes do que a sociedade oferece.
A descrição e o desenvolvimento dos modelos de deficiência evoluíram de forma humanizadora quando as próprias pessoas com deficiência legitimaram os modelos a partir de suas necessidades e concepções. Isso não significa que hoje tenhamos um único modelo que contextualiza a escola