Modelo de contrato de Mercado Futuro SOja e MIlho
COMMODITIES AGRÍCOLAS SOJA E MILHO FRENTE O MERCADO À VISTA.
Ângelo Roberto Zavaglia1
Mauro Mastella2
Gilberto de Oliveira Kloeckner3
RESUMO
A cada safra, os agro-empresários enfrentam um trade-off entre comercializar a sua produção no mercado à vista ou realizar hedge através de derivativos agrícolas. Ao vender sua produção no mercado à vista, o produtor está sujeito aos preços vigentes no mercado naquele momento.
O hedge pode proteger o produtor das quedas de preço das commodities, mas também limita o ganho na hipótese de uma alta de preços. Este trabalho compara os resultados financeiros obtidos em posições de contratos futuros e de opções das commodities agrícolas soja e milho com o seu mercado à vista. Para isso, foram simuladas operações de contratos futuros e de opções com base nos preços e cotações reais nos anos-safra de 2004/2005 a 2009/2010. Em seguida, essas operações tiveram seus resultados financeiros históricos analisados em relação a sua comercialização no mercado físico, utilizando-se de janelas temporais que permitissem a comparação com a entrega física da produção. Os resultados indicaram que o hedge é interessante pela garantia de receita, além de, muitas vezes, proporcionar maiores ganhos financeiros que o mercado físico para as commodities analisadas. No caso do milho, a maioria das operações realizadas tanto em contratos futuros como em opções apresentou vantagem financeira frente ao seu mercado físico. Já na soja, ocorreu o oposto; porém, na maioria dos casos a diferença financeira entre futuros e mercado físico foi muito pequena, devendo ser considerada a adoção do hedge devido à garantia do resultado.
Palavras-chave: derivativos agrícolas, hedge, mercado à vista, comercialização da produção
ABSTRACT
At each harvest, agro-entrepreneurs face a trade-off in commercializing their production on the spot market or perform hedging through derivatives. By selling their products on the spot