Mobilização social e práticas educativas
Texto: Mobilização social e práticas educativas
Marina Maciel Abreu e Franci Gomes Cardoso
A mobilização social e práticas educativas constituem uma dos instrumentos de muitos profissionais, dentre eles o assistente social. Com o decorrer as práticas educativas exercidas pelos Assistentes Sociais metamorfosearam-se sendo que, anteriormente eram utilizadas como instrumento de controle das classes subalternas pela burguesia, no entanto, em meados de 1980 estás práticas foram re-pensadas de acordo com projeto ético político da profissão, assumindo uma função mais “amancipatória” da classe trabalhadora e da sociedade como um todo, para reflexão e formação de cultura.
Indagando sobre os eixos centrais das ações pedagógicas do Assistente Social temos que, tais funções imprimem dois perfis diferentes sob a prática: o perfil da ajuda e o da participação, ambas respondem aos interesses do capital, no sentido de manter o indivíduo e a família no processo de reprodução capitalista bem como, aos da assistência aos pobres. Em contrapartida, a participação popular assumiu papel diferente, como resistência no contexto da ditadura e de luta pela democratização. Cabe ressaltar da influência (contexto dos anos 80) da construção do projeto ético político da profissão que atribuiu maior “importância” a participação popular e movimentos sociais como meio de organização dos trabalhadores, definindo alguns novos espaços de atuação do profissional como sindicatos, movimentos sociais, organizações não governamentais e etc.
Trazendo para a atualidade com o avanço da política neoliberal as estratégias de participação das classes subalternas são transfiguradas em colaboracionismo, responsabilidade social, também transferem a responsabilidade do Estado para o cidadão de formular e programar as políticas públicas.
Ademais, a pratica profissional do âmbito da mobilização social pode vincular-se a duas direções contrapostas ou, defendendo o projeto de interesse da classe