Miopia em marketing
No texto “Miopia em Marketing”, o professor de Administração de Empresas de Harvard, Theodore Levitt, argumenta sobre a inconveniência dos administradores que se voltam para o produto, que se ligam apenas a ele, em vez de se encaminharem para o agrado dos clientes e o mercado consumista.
Em todos os casos em que o crescimento das empresas é ameaçado ou desacelerado, isso não provém de um possível adensamento do mercado, mas sim da decorrência de uma falha da cúpula administrativa, por não compreender que o seu foco deveria estar na satisfação das necessidades dos clientes.
São apresentados vários exemplos relevantes, como das ferrovias e da indústria cinematográfica, alegando que o declínio das mesmas não se deu pelo fato de outros segmentos terem tirado delas os fregueses, mas justamente pelo fato delas não terem visto o que poderia ser mais benéfico para sua clientela.
A orientação voltada ao produto é a razão do decaimento de muitas organizações e nestes casos pode-se constatar um padrão de procedimento, o qual Levitt chama de "ciclo auto-ilusório".
A partir desse exemplo, Levitt expõe com maior objetividade sua concepção: enquanto uma organização ter visão limitada e fechada a possibilidades e confiando não existir um produto melhor a substituir o seu, um destino cruel o estará aguardando para a decadência ou aniquilamento.
As probabilidades de maior lucro se condizem espetaculares. Todos os esforços se aplicam na produção. Em consequência a parte de marketing é esquecida. É dada ênfase a venda e não ao marketing. Aí que está o erro: a venda se concentra nas necessidades do vendedor e o marketing nas do comprador. A venda se preocupa com a precisão do vendedor converter seu produto em dinheiro; o marketing, com a ideia de atender às necessidades do cliente através do produto.
Portanto, o crescimento constante é uma questão de sucessiva inovação e aprimoramento do produto. E nenhuma