Midiático poder
Acontece que, no caso Venezuela, tais aspectos ganharam maior dimensão. Entre outras coisas, isso se deve fundamentalmente a que, no atual ciclo da História, os aparelhos informacionais ampliaram em muito o poder que detinham antes de a sociedade ser globalizada e mundializada.
O seu espaço de manifestação como o seu representante. A partir dessa construção, buscam operar um novo tipo de democracia, que teria neste novo estágio histórico, apesar de estarem cada vez menos comprometidos com os interesses da sociedade e mais vinculados a interesses mercadológicos e empresariais, os veículos de comunicação assumem a si mesmos como equivalentes da opinião pública, sendo tanto como característica principal ser referenciada nos meios de comunicação de massa.
A isso se denomina Midiático Poder.
No Midiático Poder, os veículos de comunicação são os “representantes”legítimos da sociedade no debate público, principalmente no que se refere aos temas mais relevantes, como os de política e economia no entanto, de uma substituição operada por esses veículos,estratégia de atuação midiático-política que, tanto no contexto venezuelano como em outros casos que não serão tratados neste momento quando levada ao extremo, em geral tem sido derrotada.
O insucesso dessas operações, no entanto, não significa que o debate a respeito da democratização dos meios e do direito à comunicação deva ser colocado em segundo plano. Ao contrário, ganha ainda mais importância. Se os intentos de ontem foram fracassados, nada garante que os de amanhã também o serão.
Por essa razão, este estudo de caso tem, ao menos, dois objetivos.
O primeiro é o de documentar duas tentativas de golpe ocorridas na Venezuela, uma midiático-militar e outra