Resenha: RODRIGUES, Adriano Duarte. Delimitação, natureza e funções do discurso midiático. In: PORTO, Sergio Dayrell (org.) O jornal: da forma ao sentido. Brasília: Paralelo 15, 2002. p. 217-233
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Resenha: RODRIGUES, Adriano Duarte. Delimitação, natureza e funções do discurso midiático. In: PORTO, Sergio Dayrell (org.) O jornal: da forma ao sentido. Brasília: Paralelo 15, 2002. p. 217-233No capítulo onze “Delimitação, natureza e funções do discurso midiático”, do autor Adriano Duarte Rodrigues, retirado da segunda edição do livro O Jornal (2002), da editora UnB. O texto discute o papel do discurso midiático, na sociedade moderna, as funções e suas especificidades.
O texto possui dezessete páginas, divididas em cinco subtítulos. 1) Introdução, 2) O problema da delimitação das fronteiras do discurso midiático, 3) A natureza exotérica do discurso midiático, 4) A natureza metafórica do discurso midiático e 5) A função especular do discurso midiático, na qual temos nove especificidades.
Segundo Rodrigues, o discurso midiático se apresenta como acabado, sem intermitências nem vazios. O discurso midiático utiliza o discurso em terceira pessoa, que é a forma verbal da não pessoa, os silêncios são insuportáveis e intoleráveis. A capacidade de contaminar e ser contaminado pelo discurso das outras instituições, e de não se delimitar pelas fronteiras de um domínio restrito, caracterizam o discurso midiático.
Rodrigues diz que, o discursos das demais instituições utilizam vocabulários e formas simbólicas próprias, são denominados ‘esotérico’. Enquanto o discurso midiático torna transparente e universalmente compreensível esses discurso, ‘exotérico’. A contaminação provocada pelo discurso midiático entre as diferentes modalidades discursivas é responsável pela sua natureza metafórica. Essa assimilação da dimensão discursiva das outras instituições contribui para a função de mediação que o discurso midiático é responsável.
As outras instituições, diz Rodrigues mantém intacta e fora do alcance do discurso da mídia, uma parte da sua dimensão expressiva a seus membros detentores do poder simbólico, a competência esotérica. Para adequar as exigências do discurso