ROMÂNIA
ILARI, Rodolfo. Linguística Românica. Págs. 48 – 49. Editora Ática. São Paulo, 2004.
CASTRO, Ivo. Curso de História da Língua Portuguesa. Págs. 68 – 77. Universidade Aberta. Lisboa, 1991.
BASSETO, Bruno. Elementos de Filologia Românica. Págs. 176 – 183. Ed. USP. São Paulo, 2001.
România: Conceito e diferentes extensões.
Conceito e origem do termo România O conceito de România foi “documentado pela primeira vez por Paulo Orósio, em Historiae Adversus Paganos (VII, 6, 43)”. Orósio, que era discípulo de Santo Agostinho faz parecer que o conceito seja uma criação popular para denominar a unidade linguística e cultural dos territórios romanizados pelo Império Romano. Assim, como “romano” se opunha a “bárbaro”, no sentido de estrangeiro, România se opunha a Barbaria e Barbaries. No aspecto morfológico, România deriva de romanus, do qual também deriva o advérbio romanice, que seria algo como “segundo o costume romano”. Do advérbio romanice derivou o substantivo romance, que originalmente denominava qualquer composição escrita em uma das línguas vulgares. Os povos latinizados naturalmente usaram o termo România para distinguir-se dos povos bárbaros. Um fato curioso, é que o termo România surge no período da decadência do Império (e mundo) Romano, justamente no período em que “os godos pretendiam construir a Gótia sobre as ruínas da România.” Santo Agostinho os chamou de “Romaniae eversores”, ou seja, “destruidores da România”. Viu-se que a România se disseminou no Oriente e no Ocidente, mantendo seu sentido político (principalmente no Ocidente) do Império Romano. Em meio a isso, Santo Atanásio destacou a consideração de Roma como a “capital da România”. Passado algum tempo, România passou a designar povos e territórios que mantinham a cultura romana, principalmente nos locais onde falava-se uma língua românica. Durante algum tempo, após Carlos Magno fundar o sacro Império Romano, România