Sistema Midiático, Mercantilização Cultural e Poder Mundial - Dênis de Moraes
Dênis de Moraes
O autor começa o texto ilustrando o sistema midiático com uma árvore. Seus galhos seriam o entretenimento e informação, cada galho se conecta por um fio invisível das novas tecnologias. A árvore pertence a um número reduzido de empresas que visam em todas as suas ações à lucratividade. Essas empresas só se estabelecem a partir de plataformas de comunicação digital e, a impressão é que, só alcançaremos sintonia com o mundo ao nosso redor se estivermos no raio de alcance desse sistema. Dênis então resumi as principais características do sistema midiático: primeiro fixa sentidos e ideologias interferindo na opinião pública; segundo, apropriação de diferentes expressões linguísticas a serviço de suas conveniências particulares. A glorificação do mercado consiste em apresenta-lo como único capaz de traduzir anseios da sociedade. Os projetos mercadológicos operam consensualmente para reproduzir a ordem do consumo e conservar hegemonias constituídas. Os megagrupos midiáticos detêm a propriedade dos meios de produção, infraestrutura tecnológica e bases logísticas. Raymond Willians o define como um sistema central, efetivo, dominante e eficaz. É necessário considerar que a digitalização favoreceu a multiplicação de bens e serviços de “infoentretenimento”. A convergência entre mídia, telecomunicações e informática viabiliza o aproveitamento de um mesmo produto em diferentes plataformas de transmissão, distribuição, circulação, exibição e consumo, fazendo sobressair o maior valor na economia digital. Com isso, o autor foca seu texto nos monopólios do mercado internacional de produção e consumo com mídia e entretenimento. Mesmo que o desempenho atual seja afetado pela retração das verbas publicitárias, consultorias especializadas preveem que os investimentos em comunicação continuarão a crescer a médio e longo prazo. No cenário mercadológico é possível perceber que mesmo existindo diversos