O poder midiático. (Ignacio Ramonet)
O texto problematiza que a informação hoje em dia se tornou algo banal considerada uma mercadoria. O sentido de informar se perdeu dando lugar a uma perspectiva puramente comercial. Os meios de comunicação não se importam mais em levar a verdade e fazer a população raciocinar e tirar suas conclusões dos fatos. Tudo é manipulado de modo a priorizar o ganho e interesse, tudo em prol das exigências de um mercado cada vez mais acelerado, imediatista. Não existe mais tempo para o estudo da informação. As sensações e impressões daqueles que escrevem sobre os fatos é o que aparece nos jornais e não um texto com embasamento que faça a população pensar “fora da caixa”. Tudo está “mastigado e cuspido”. Deparamo-nos com a rapidez e a simplicidade em todos os meios: do cinema à rádio. Nos jornais, é possível visualizar discursos rápidos e artigos cada vez menores. O que recebemos dos meios de comunicação é um discurso infantilizante focado na espetacularização. Os noticiários possuem um estilo trágico e as propagandas uma euforia descabida. Tudo para expressar-se através das emoções e não dos fatos em si. Podemos comparar isso tudo a uma conversa com uma criança. Quando nos dirigimos a elas, falamos de maneira simples, rápida e emocionalmente. E o problema está justamente ai. Com discursos infantis qualquer contra-informação se torna artificial e nada sedutora, atingindo apenas uma pequena minoria e não a grande massa. Outro ponto problematizado pelo texto é que mesmo com as mídias cada vez mais vulgares e medíocres, mais pessoas estão se instruindo, criando estudos superiores sobre diferentes temas. Pessoas essas insatisfeitas com o discurso infantilizante que exigem ser tratadas como adultos pensantes. Nunca houve um nível educacional como o atual. Isso mostra claramente uma contradição entre mídia e educação. Quando mais se eleva o nível educacional mais decai o nível midiático. Essa diminuição do nível midiático também pode ser