Meyer
Há várias formas de avaliar a qualidade da educação. Uma delas é mais subjetiva, pessoal, não “científica”, mas é um alerta de que algo está muito ruim.
Há muitos cursos superiores no Brasil que estão terríveis, não têm a mínima condição de formar profissionais com competência técnica nas próprias áreas de sua especialidade. Profissionais estão sendo formados sem a menor condição de atuar no mercado de trabalho. Incompetentes. Logo, estragos terríveis vão começar a aparecer. Infelizmente, em todas as áreas.
Consultei uma médica dermatologista que, pasmem, não sabia o que era fator de proteção solar (FPS). Ela acreditava que se tratava de uma porcentagem de redução dos raios solares. Por exemplo, se o bloqueador solar era “fator 30” ela dizia que 30% dos raios solares eram eliminados! Talvez você não conheça o significado, mas quem trabalha na área jamais poderia estar entre os que não sabem.
Uma senhora perdeu sua filha porque nenhum médico diagnosticou a meningite instalada. Medicaram-na como sendo gripe.
Um professor de Matemática recém formado por uma de nossas universidades não sabia trabalhar utilizando a metodologia de projetos nem com problemas contextualizados. Não aceitou a vaga de professor por não acreditar que daria conta. Sincero, pelo menos.
Tenho recebido na escola em que trabalho laudos de avaliação psicopedagógica emitidos por psicólogos sem a menor preocupação em não copiar o texto de laudos anteriores, mas que não se aplicam ao paciente em questão. Frases como “sobe escada sem ajuda” referindo-se a adolescentes!
Uma tese de doutorado no Rio de Janeiro comprovou que metade das crianças diagnosticadas como hiperativas (e que estavam sendo medicadas) simplesmente não eram hiperativas, apenas eram agitadas e apresentavam comportamento indisciplinado. A solução não deveria ter sido medicamentosa nesses casos, mas educacional.
Alguns candidatos ao exame da OAB escreviam em suas provas a palavra “Prossesso” ao