O Meu Tio, conta a história de uma família que vive em uma casa totalmente automatizada e superficial em que são dependente dessa tecnologia fútil, e mostra Gerárd, criança entediada e insatisfeita no meio dessa modernidade, e Hulot, tio de Gerárd, que não consegue se adaptar no meio dessas tecnologias. No filme, Jacques Tati faz uma crítica e sátira à interferencia provocada pelas inovações tecnologicas no cotidiano das pessoas e na acentuação nas diferenças de classes. A ruptura entre cidade moderna e a cidade tradicional é representada por ruínas de um muro, evidenciando o contraste óbvio da desigualdade social. As casas da cidade moderna são preenchidas com novos eletrodomésticos, dispositivos elétricos, eletrônicos, como o portão que abre sozinho, flores artificiais, mostra o objetivo principal que é facilitar a vida da familia moderna. No início do filme, a vizinha de Madame Arpel fica surpresa com o vazio de sua casa que responde "Mas é moderno! Tudo se comunica." mostra a referência do estilo internacional onde os ornamentos se excluem e se reduzem até permanecer o que for útil e funcional, tudo tinha um fim específico. Hulot, ao revirar o divã para dormir, demonstra que não consegue se apaptar à essa realidade. A cidade tradicional, apesar da pobreza e humildade, procura e valoriza a simplicidade das relações humanas, onde se é perdida na cidade moderna. Gerárd, em que se encontrava entediado e insatisfeito, nesta cidade ele pode brincar com seus trens e bolas, apostar moedas, comer doces e aprontar suas trapalhadas com seu tio, ou seja, se diverte da forma mais sincera que a infancia