Metrópole de São Paulo
Documentário: “Entre Rios”
O documentário conta a história da modernização da metrópole de São Paulo, baseando seus argumentos em torno das mudanças fluviais, ou seja, do Rio Piratininga e suas evoluções na margem da colina. O nome Piratininga veio da língua tupi, o antigo nome do rio Tamanduateí que quer dizer, rio do peixe seco, pois na época das chuvas o rio transbordava e alagava toda área e quando a água baixava muitos peixes ficavam presos e acabavam morrendo. A morte destes atraiam as formigas e atrás das formigas os tamanduás. O rio do peixe seco se tornou o rio do Tamanduá, Tamanduateí. Na época, os índios tinham suas aldeias nessas colinas para pegar água limpa para consumo e outros afazeres, até que chegaram os Jesuítas e tomaram seus lugares para usufruir do rio Tamanduateí, modificando desta forma o espaço habitado com novas construções. Em 1862, a vida em São Paulo começou a surgir em decorrência da existência do rio, que hoje em dia nem se quer é notado. Naquela época nas margens do rio existiam grandes comércios populares onde os pescadores e agricultores rurais comercializavam seus produtos. Ainda hoje ocorre uma enorme concentração destes comércios na cidade São Paulo. Mas, em 1867 a cidade começou a evoluir com a exportação do café e quando a primeira estrada de ferro foi inaugurada. A única ferrovia que fazia ligação com o mar utilizou o vale do Tamanduateí como rota e exercendo uma posição estratégica como ponto de encontro de várias ferrovias. Estes acontecimentos marcam a entrada do Brasil na modernidade. A velocidade da máquina transformou a vida na cidade e alterou de forma marcante as relações com os rios, que antes ele era motivo da existência da cidade, hoje ele tornou-se um obstáculo. Um dos primeiros exemplos disso foi a construção do viaduto do chá, sobre o vale do Anhangabaú.