Resumo do texto: Concentração e centralização das atividades urbanas: uma perspectiva multiescalar. Reflexões a partir do caso de São Paulo.
Uma das questões principais que o texto trata é a transformação da metrópole de São Paulo no século XIX e XX.
Com características sócio-espacias historicamente novas, a metrópole contemporânea se da de forma fragmentada, com limites imprecisos, dispersa, que se estende por centenas de quilômetros, é uma realidade nova que necessita ser compreendida de várias perspectivas enquanto a metrópole típica é compacta, coesa.
A discussão gira em torno da necessidade de distinguir dois conceitos chave para compreender a metrópole contemporânea, o de concentração e o de centralização do capital, parâmetros indispensáveis para se pensar a dinâmica urbana dos dias atuais.
Mesmo a metrópole atual sendo considerada dispersa, é importante dizer que ela é igualmente concentrada por fazer parte da racionalidade da acumulação capitalista concentrar um grande número de população, renda, indústrias e trabalho qualificado.
Segundo Lacourt, estamos vivendo um processo de metropolização: “conjunto de processos que privilegiam as grandes dimensões urbanas marcadas pelas transformações do sistema produtivo apreendido a nível internacional e mundial.. Conduz às organizações e às recomposições territoriais novas, tanto no plano interno dos conjuntos urbanos que lhes dizem respeito, quanto relativos às suas relações externas”.
Outra questão importante a resaltar é que nem sempre uma aglomeração de homens ou de habitação gera uma cidade. Podemos ter aglomerações de pessoas sem termos cidade e prova disso são as tendas armadas nos desertos, as feiras itinerantes de escravos da era moderna, as aldeias indígenas ou os aglomerados de fábricas que embora constituíssem aglomerações, não são cidades. Nem ao menos aglomerações sedentárias se constituem cidades.
A importância de resaltar que “aglomeração” não constitui