Metropoles brasileiras
Iseo Junior, Thiago Sabino, Nilson Rocha e Ricardo Vasconcelos.
Metrópoles Brasileiras
Rio de Janeiro
Agosto de 2012
Metrópoles brasileiras
Após séculos de um processo de urbanização concentrado na faixa litorânea ou próximo dela, em especial nas regiões Sul e Sudeste, o Brasil mostra sinais evidentes. de mudanças no padrão de urbanização e migração interna rumo ao Centro-Oeste e ao Norte. Em 1970 o Brasil tinha cinco metrópoles com mais de 1 milhão de habitantes: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador. Em 2000 somaram-se a estas duas metrópoles no Centro-Oeste (Brasília e Goiânia), duas na região Norte (Belém e Manaus), além de Porto Alegre, Curitiba e Fortaleza.
A descentralização da indústria a partir do Sudeste e a expansão do agronegócio e da exploração de minérios e madeira tem propiciado mudanças regionais, mas nada que nos autorize a reconhecer a superação da desigualdade regional, que se mantém.
Embora perdendo importância relativa no PIB brasileiro, a região metropolitana de
São Paulo (RMSP) ainda era responsável por 23% da produção industrial do país em
2002 (em 1970 essa relação era igual a 44%). A perda na participação da renda industrial não exclui a RMSP da posição de liderança absoluta no cenário econômico, embora com novas funções. Segundo o Banco Central, 41% das aplicações do sistema bancário no Brasil se deveu à RMSP, em 2002. A metrópole de São Paulo e, em especial, o município de São Paulo afirmam-se como centro financeiro nacional na era global. A formação de outras metrópoles próximas à RMSP, a saber a região metropolitana da Baixada Santista e a região metropolitana de Campinas, faz parte do referido quadro de mudanças econômicas e sociais. Essa megalópole concentra 24 milhões de pessoas, é responsável por 40% da produção industrial do país e 1/3 do
PIB. A ocupação do solo caminha rumo à conurbação das três RMs, o que está gerando uma mancha