(Cesgranrio 2004) uma lâmpada de 100 watts, ligada durante 12 minutos, consome energia suficiente para vapori
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ANÁLISE DO POEMA VOZES D'AFRICA – Al Priscilla CalegariVozes d'África (século XIX) é um poema condoreiro (que trata de temas sociais e humanitários) de Castro Alves, poeta romântico brasileiro defensor da abolição. Esse poema é mais uma de tantas em que o autor luta pelos direitos universais de liberdade para todos os homens, através da denúncioa da escravidão negra no Brasil e da desigualdade entre África e os demais continentes. Há no poema uma personificação, o continente africano ganha características humanas para dar mais emoção ao texto. A África está falando para Deus sobre sua realidade e se compara às irmãs (“Minhas irmãs são belas, são ditosas/Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas”). Há presença de metáforas (“Eu – pasto universal”) e comparações (“Como o profeta em cinza a fronte envolve”). O autor é maniqueísta, tenta conduzir o leitor ao seu modo de pensar, fazendo com que ele tome uma postura anti-escravidão. Algumas palavras africanas (“galé”) são utilizadas para enriquecer o texto (estrangeirismos), afinal, o eu lírico é a própria África. As funções de linguagem predominantes são a poética (trabalha a seleção de palavras, sons e idéias) e a conativa (onde a intenção maior é influenciar no modo de pensar do autor). As estrofes têm seis versos (sextilhas). O poema segue a regra: dois versos decassílabos e um verso hexassílabo, até o fim. Há rimas (AABCCB). Para dar sonoridade ao poema, são empregadas exclamações, interrogações e vocativos, que indicam exaltação (“Deus!Ó Deus! Onde estás que não respondes?”). As reticências dão um tom de melancolia (“Há dois mil anos eu soluço um grito...”). Castro Alves escreveu um belo poema, regado de recursos sonoros e musicais, mas não foi por isso que ela sobreviveu até hoje. Isso ocorreu, pois, além de relevar a triste face da escravidão negra no passado do Brasil, ela nos apresenta a África como um continente que sempre sofreu graças à exploração dos outros povos. É