Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras.
“Tumulto e desordem foram palavras fácil e comumente aplicadas á dinâmica das capitais já republicanas, á ocupação de suas casas, e os seus habitantes cada vez mais numerosos e movedições.”
O pensamento acima pode ser visto a partir da distribuição arquitetônica do espaço urbano e também através da ótica social. Pergunta-se:
a. Por que, segundo Sérgio Buarque de Holanda em raízes do Brasil, o desleixo comandava o espaço urbano? Pois o Rio de Janeiro estava inserido num cenário com problemas sociais, carência nos meios de transporte, saneamento básico, saúde e segurança. Tudo isso fruto do fim da escravidão, onde os ex escravos viram a necessidade de ocupar os centros urbanos, tendo em vista que não tinham moradia. Outro fator que contribuíra para tal situação foi a formação de uma republica desordenada com poder nas mãos da aristocracia rural, onde o povo estava excluído.
b. Qual a relação entre escravidão, abolição e a distribuição dos espaços urbanos? Como o fim da escravidão não garantiu nenhum tipo de benéfico para os ex escravos, podemos dizer que eles passam a se inserir numa nova realidade, buscam moradia e encontram nos centros urbanos, onde se abrigam e cortiços com as mais variadas dificuldades e deficiências.
c. Apresente três motivações que favoreceram a modernização os espaços urbanos no início da república. O Rio de Janeiro era o elo com o exterior banhado pelo atlântico, tinha uma condição privilegiada sede de três esferas do poder público, era a capital do país.
“O privado passava a ser, portanto, controlado não apenas pelos desígnios do indivíduo, mas pela ordem imposta pelo Estado.” Pergunta-se:
a. Como as transformações dos espaços urbanos nas grandes capitais europeias