Metodologia Participativa
10.1. Ferramentas e Metodologias Participativas
O envolvimento comunitário em processos de planejamento e desenvolvimento necessita de ferramentas e metodologias que garantam a plena participação das comunidades afetadas e estimulem a atuação direta e constante dos envolvidos.
Os instrumentos diversos utilizados no enfoque participativo não têm um fim em si mesmos.
Eles devem fornecer a base e a estrutura para um processo de discussão, análise, conflito produtivo e articulação, ou seja: diálogo, entre pessoas e/ou organizações que pretendem desenvolver ações conjuntas com objetividade e transparência, trabalhando com qualidade.
Quando se trabalha de forma participativa em grupo não existem 'receitas' a serem seguidas.
Para cada grupo, para cada situação específica, para cada contexto institucional é necessário adequar e ajustar o instrumental a ser utilizado. Por isso fala-se em Caixa de Ferramentas quando se refere ao conjunto de técnicas e metodologias que os profissionais podem utilizar no seu trabalho de assessoria ao trabalho participativo.
O Serviço Alemão de Cooperação Técnica e Social (SACTES) assinalou alguns princípios fundamentais dos métodos participativos são:
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Nenhum esquema rígido, flexibilidade: os métodos participativos são condicionados pela situação. Inserem-se dentro de determinados contextos e se desenvolvem a partir daí. O resultado é conseqüentemente aberto, pois um transcurso predeterminado detalhadamente com fins a um objetivo colocado cedo demais colocaria em risco o caráter participativo.
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Transparência acerca do intento: o sentido e a finalidade de qualquer atividade necessita ser compreendido por todos os participantes.
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Interdisciplinaridade: o grupo de assessores deve ser formado por profissionais de diversas especializações, para garantir um enfoque e um tratamento da situação problemática a partir de distintos pontos de vista.
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Aprender reciprocamente e comunicação nas