Metodo Qualitativo

Comentam Ludke e André (1986) que os estudos de levantamento ajudaram e ainda ajudam muito, no entanto, não possibilita penetração, averiguação de variáveis, pois, é apenas um levantamento de uma visão geral, como uma fotografia.
O método qualitativo abordado na obra consiste, portanto na superação do tradicionalismo referente à pesquisa em educação, tornando necessário que o pesquisador tenha uma relação direta com seu objeto de estudo e que acompanhe a dinâmica do fenômeno de forma que possa agir sobre o mesmo, propondo, possivelmente, soluções para as complexas problemáticas que a educação conte.
O grande desafio da pesquisa em educação é então analisar objeto de estudo na sua dinâmica, e o método qualitativo dispõe de meios para a coleta de dados, respeitando essa dinâmica - os meios para a coleta de dados consistem em: entrevista, observação e análise documental, dos quais as autoras tratam detalhadamente e de forma excelente. É através da coleta de dados que o pesquisador, a fim de validar sua obra, vai analisar todo o material coletado, separando o que não será necessário darem ênfase entre o que deve ser aprofundado.
Os meios pelo qual o investigador analisa seu objeto de estudo esbarram, no entanto, em uma série de questões éticas quando se trata da ação direta entre o investigador e o investigado (uma entrevista, por exemplo, muitas vezes requer sigilo de informações). A questão ética é algo que deve ser repensando pelo investigador durante o período de realização da sua pesquisa, pois, tratam-se de seres humanos, valores, que exigem limites, e estes devem ser respeitados.
Esta é uma questão que não poderia ser descartada, pois se trata dos limites que a própria abordagem qualitativa carrega consigo, possibilitando a compreensão de que este é um método eficaz a ser utilizado, mas que requer precaução. Não se rotula o método como sendo perfeito e insubstituível, pois este contem suas próprias contradições e depende do próprio fenômeno que está sendo