Metilxantina
Em função de sua origem biogenética, não sendo originárias de aminoácidos, mas de bases púricas, e de seu caráter antófero, pois podem se comportar como ácidos ou bases, as metilxantinas são geralmente consideradas como pseudoalcalóides. Mas, devido à sua atividade biológica marcante, distribuição restrita e presença de nitrogênio heterocíclico, muitos autores classificam as metilxantinas como alcalóides verdadeiros, denominados alcalóides purínicos. As metilxantinas ocorrem em famílias não filogeneticamente relacionadas, com distribuição restrita principalmente a regiões tropicais e subtropicais. Mais raramente ocorrem em zonas temperadas como China e Japão. Aproximadamente 60 espécies vegetais, distribuídas especialmente nos gêneros Co e a (Rubiaceae), Cola e Theobroma (Sterculiaceae), Paullinia (Sapindaceae), Ilex (Aquifoliaceae) e Camellia (Theaceae = Ternstroemiaceae) contêm metilxantinas . Nos vegetais, as metilxantinas estão envolvidas no metabolismo do nitrogênio e do carbono, participando de reações de transmetilação-desmetilação. O estágio de desenvolvimento, as alterações sazonais e outros fatores ambientais, bem como métodos silviculturais ou agronômicos influenciam os teores de metilxantinas. Os teores de cafeína no chá-da-índia, por exemplo, aumentam com o crescimento do24 vegetal e a utilização de fertilizantes nitrogenados. As metilxantinas podem ter significado